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A BÍBLIA E O HALLOWEEN! (Ef. 6.12; Dt. 18.10,11,14

(Imagens Google)

INTRODUÇÃO:

No dia 31 de outubro muitas pessoas irão participar de festas de “Halloween”, popularmente chamado no Brasil, de “Dia das Bruxas”. Mas essa festa aparentemente inocente tem estreita ligação com práticas ocultistas, mesmo que muitos não percebam isso.

Sua origem data de tempos antigos, quando os druidas (magos de origem celta) realizavam cerimônias de adoração ao “deus da morte” ou ao “senhor da morte” em 31 de outubro. Isso acontecia na cerimônia “Samhain” durante o festival de inverno, na qual eram oferecidos sacrifícios humanos. Essa prática ancestral foi sofrendo alterações com o passar do tempo.

O calendário da bruxaria resume-se no relacionamento da “Grande Deusa” (representada pela Lua e que nunca morre) com seu filho, o “Deus Chifrudo” (representado pelo Sol e que a cada ano nasce no dia 22 de dezembro e morre no dia 31 de outubro).

Na roda do ano wicca (bruxaria moderna), o dia 31 de outubro é o grande sabá (festa) de Souen. Nessa época tudo já floresceu e está perecendo ou adormecendo (no Hemisfério Norte): “O sol se debilita e o deus está à morte. Oportunamente, chega o ano novo da wicca, corporificando a fé de que toda morte traz o renascimento através da deusa.”

O que é (Souen)? É uma palavra de origem celta para designar “O Senhor da Morte”. Os celtas dedicavam esse último dia de outubro para celebrar a “Festa dos Mortos”.

Nos Estados Unidos essa festa é muito comum e tem forte apelo comercial, sendo também tema de vários filmes de horror. A imagem de crianças vestidas com fantasias “engraçadinhas” de bruxas, fantasmas e duendes, pedindo por doces e dizendo “gostosuras ou travessuras”. Há algum tempo, o Brasil tem se deixado influenciar por muitos aspectos que não fazem parte de sua cultura e tem celebrado essa festa em escolas, clubes e até em shopping centers.

1) O HALLOWEEN, E AS PRÁTICAS OCULTISTAS MODERNAS.
Mesmo que hoje em dia Halloween seja comemorado de uma maneira inocente por muitos jovens, ele é levado a sério pela maioria das bruxas, membros do movimentos neo-pagãos e ocultistas em geral.

No Halloween se cria (e ainda á assim em certos lugares) que seguir um ritual em particular pode fazer com que a imagem do seu futuro cônjuge apareça atrás de você: “Muitas crenças surgiram sobre como invocar a imagem do futuro esposo ou esposa de alguém. As garotas criam que caso alguém ficasse diante do espelho, comendo uma maçã, à meia-noite, a imagem de seu futuro esposo apareceria de repente diante dela. Se nenhuma imagem aparecesse, isso significava que a garota ficaria solteirona”.

No sul dos Estados Unidos há um costume baseado na crença dos druidas de que o desespero de uma vítima de sacrifício humano podia revelar previsões para o futuro. “Punha-se fogo numa tigela com álcool, e atirava-se no fogo ‘oferendas’ tais como figos, cascas de laranja, passas, castanhas e tâmaras envoltas em papel alumínio. A garota que tirasse a melhor das oferendas do meio do fogo iria conhecer seu futuro esposo dentro de um ano”.

Na bruxaria moderna o Halloween também é considerado uma noite especial. Um livro conhecido sobre o movimento neo-pagão relata o seguinte sobre esses dias importantes de celebração da bruxaria.
Muitos grupos satânicos também consideram o Halloween uma noite especial, em parte porque ele “tornou-se o único dia do ano em que se acredita que o diabo possa ser invocado para revelar os futuros casamentos, problemas de saúde, morte, colheitas e o que acontecerá no próximo ano”.

Na verdade a bruxaria e o satanismo têm certas semelhanças. Mesmo que sejam coisas distintas, e mesmo que se dê legitimidade às declarações do movimento neo-pagão que desdenha o satanismo, devemos lembrar o claro ensino bíblico de que o diabo é a fonte de poder por trás da bruxaria e de todas as formas de ocultismo.

Além disso tudo, o costume de pedir balas e doces fantasiados de bruxas, vampiros, fantasmas, etc., que é comum nessa festa, está relacionado com os espíritos dos mortos na tradição pagã e até católica. Por exemplo, para os antigos druidas “os espíritos que se acreditava andarem de casa em casa eram recepcionados com uma mesa farta para um banquete. No final da refeição, os habitantes da cidade fantasiados e com máscaras representando as almas dos mortos iam em procissão até os limites da cidade para guiar os fantasmas para fora”.

2) PRINCÍPIOS BÍBLICOS QUE DEVEM SER USADOS PARA COMBATER ESTA HERESIA.
As Escrituras nos dizem que o homem espiritual julga todas as coisas e que no futuro irá também julgar os anjos. Então somos competentes o suficiente para julgar assuntos triviais agora (1Co 2.15; 6.3). Se julgarmos todas as coisas e retermos o que é bom, abstendo-nos de toda forma de mal, estaremos cumprindo com nossa obrigação (1Ts 5.21,22). Então vamos examinar esse assunto para chegarmos a uma posição bíblica sobre o Halloween.

Se na celebração de Halloween existem atividades envolvendo práticas genuinamente ocultistas, as Escrituras são claras em afirmar que devem ser evitadas. Tanto o Antigo como o Novo Testamento fazem referência às práticas de bruxaria, encantamentos, espiritismo, contatos com os mortos, adivinhações e assim por diante – e todas essas coisas estão potencialmente ligadas ao Halloween.

LEVÍTICO 19.31 “Não vos voltareis para os necromantes, nem para os adivinhos; não os procureis para serdes contaminados por eles. Eu sou o SENHOR, vosso Deus”

DEUTERONÔMIO 18.10,11,14 “Não se achará entre ti quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; … porque estas nações que hás de possuir ouvem os prognosticadores e os adivinhadores; porém a ti o SENHOR, teu Deus, não permitiu tal coisa”

2º CRONICAS 33.6 “[Rei Manassés de Judá] queimou seus filhos como oferta no vale do filho de Hinom, adivinhava pelas nuvens, era agoureiro, praticava feitiçarias, tratava com necromantes e feiticeiros e prosseguiu em fazer o que era mau perante o SENHOR, para o provocar à ira”

3) PRINCIPAIS SÍMBOLOS
“The Jack O’Lantern” (A Lanterna de Jack)
Esse é o nome daquela abóbora (jerimum, no Norte e Nordeste) esculpida com uma face demoníaca e iluminada por dentro.
Conta-se uma história de que Jack era um irlandês, todo errado, que gostava de aprontar com todo mundo e chegou a enganar até o próprio Satanás. Quando Jack morreu, não foi permitida sua entrada no céu, nem no inferno. Satanás jogou para ele uma vela para iluminar seu caminho pela terra. Jack acendeu a vela e a colocou dentro de um nabo, fazendo uma lanterna para si.
Quando os irlandeses chegaram aos Estados Unidos, encontram uma carência de nabos e uma abundância de abóboras. Para manter a tradição durante o Halloween, passaram a utilizar abóboras no lugar de nabos.
“Apple-ducking [bobbing for apples]” (maçãs boiando)

Esse é o nome de um ritual que foi incorporado às celebrações de Halloween depois que os celtas foram dominados pelos romanos. É uma homenagem a Pomona, a deusa dos frutos e das árvores, que era louvada na época da colheita (novembro). Os antigos geralmente a desenhavam sentada em uma cesta com frutos e flores. A maçã era uma fruta sagrada para a deusa.
Maçãs ficavam boiando em um barril com água, enquanto as pessoas mergulhavam seu rosto nela tentando segurá-las com os dentes. Depois faziam adivinhações sobre o futuro, com base no formato da mordida.
“Trick or Treat” (Travessura ou Trato)

Alguém relatou: Dos 15 aos 19 anos de idade vivi nos estados de Indiana e do Tennessee vendo a mesma cena se repetir várias vezes na noite de 31 de outubro. Crianças da vizinhança, fantasiadas de vários monstros, batiam à porta e, ao abrirmos, elas nos indagavam: – “Trick or Treat?”.

Se respondêssemos “trick!”, elas iniciavam uma série de travessuras como sujar a grama em frente da casa com papéis e lixo, jogar ovos no terraço, além de saírem gritando ofensas ingênuas. Respondendo “treat!”, nós lhes dávamos alguns confeitos e elas saíam contentes e felizes em direção à próxima casa.

O que não sabíamos naquela ocasião, mas sei agora, é que aquelas criancinhas simbolizavam os espíritos dos mortos que supostamente vagueavam naquela noite procurando realizar maldades (travessuras) ou em busca de bom acolhimento (bons tratos). Os celtas deixavam comidas do lado de fora das casas para agradar os espíritos que passavam. Ao recebermos aquelas criancinhas ingênuas nas nossas casas, estávamos simbolicamente realizando negociatas com principados e potestades do mundo tenebroso, da mesma forma que os celtas faziam na Antigüidade.

CONCLUSÃO:
ISAIAS 8.19-20 “QUANDO DISSEREM A VOCÊS: “PROCUREM UM MÉDIUM OU ALGUÉM QUE CONSULTE OS ESPÍRITOS E MURMURE ENCANTAMENTOS, POIS TODOS RECORREM A SEUS DEUSES E AOS MORTOS EM FAVOR DO VIVOS”,

RESPONDAM: “À LEI E AOS MANDAMENTOS!” SE ELES NÃO FALAREM CONFORME ESTA PALAVRA, VOCÊS JAMAIS VERÃO A LUZ!”
ESTAMOS VIVENDO TEMPOS DIFÍCEIS E QUE SATANÁS, SE TRANSFORMA EM ANJO DE LUZ, PARA SEDUZIR A TODOS, ESPECIALMENTE OS CRISTÃOS. FIQUEMOS FIRMADOS NA PALAVRA E NÃO CEDAMOS A QUALQUER TIPO DE PERVERSÃO COLETIVA, QUE EM NOME DE QUE TUDO NÃO PASSA DE UMA BRINCADEIRA, ESTÃO SEDUZINDO OS NOSSOS FILHOS, ATRAVÉS DE MENTES DEMONIZADAS.

Por Pr. Silvio Hirota,
Em 21/10/2010

 

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ULTRAPASSAMOS OS 5 MIL ACESSOS EM MENOS DE 6 MESES!

Amigos Internautas, quero agradecer-lhes pelo fato de termos ultrapassado os cinco mil acessos em menos de seis meses. Minha primeira postagem neste Blog aconteceu em 06/05/2010.

O meu desejo e a minha oração, é que os posts por nós inseridos, sirvam sempre para a edificação da sua vida, como tem sido para a minha.

Desejo continuar escrevendo da melhor forma possível, ou seja, sempre com a verdade, buscando portanto sempre a ajuda de Deus, pois é Ele a nossa inspiração maior!

Continuem acessando e comentando nossos artigos porque isto muito tem nos  alegrado. Um abraço fraterno, no amor de Jesus Cristo!

Por Pr.Silvio Hirota,
Em 21/10/2010.

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E A CULPA É DE DEUS NOVAMENTE?

(Imagens Google)

A filha de Billy Graham estava sendo entrevistada no Early Show e Jane Clayson perguntou a ela:

– “Como é que Deus teria permitido algo horroroso assim acontecer no dia 11 de setembro?’

Anne Graham deu uma resposta profunda e sábia:

– “Eu creio que Deus ficou profundamente triste com o que aconteceu, tanto quanto nós. Por muitos anos temos dito para Deus não interferir em nossas escolhas, sair do nosso governo e sair de nossas vidas. Sendo um cavalheiro como Deus é, eu creio que Ele calmamente nos deixou. Como poderemos esperar que Deus nos dê a sua benção e a sua proteção se nós exigimos que Ele não se envolva mais conosco?’

À vista de tantos acontecimentos recentes; ataque dos terroristas, tiroteio nas escolas, etc…Eu creio que tudo começou desde que Madeline Murray O’hare (que foi assassinada), se queixou de que era impróprio se fazer oração nas escolas Americanas como se fazia tradicionalmente, e nós concordamos com a sua opinião.

Depois disso, alguém disse que seria melhor também não ler mais a Bíblia nas escolas…A Bíblia que nos ensina que não devemos matar, roubar e devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos. E nós concordamos com esse alguém.

Logo depois o Dr.. Benjamin Spock disse que não deveríamos bater em nossos filhos quando eles se comportassem mal, porque suas personalidades em formação ficariam distorcidas e poderíamos prejudicar sua auto- estima (o filho dele se suicidou) e nós dissemos: ‘Um perito nesse assunto deve saber o que está falando’. E então concordamos com ele.

Depois alguém disse que os professores e diretores das escolas não deveriam disciplinar os filhos quando se comportassem mal.  Então foi decidido que nenhum professor poderia disciplinar os alunos…(há diferença entre disciplinar e tocar).

Aí, alguém sugeriu que deveríamos deixar que nossas filhas fizessem aborto, se elas assim o quisessem. E nós aceitamos sem ao menos questionar.

Então foi dito que deveríamos dar aos nossos filhos tantas camisinhas, quantas eles quisessem para que eles pudessem se divertir à vontade.
E nós dissemos: ‘Está bem!’

Então alguém sugeriu que imprimíssemos revistas com fotografias de mulheres nuas, e disséssemos que isto é uma coisa sadia e uma apreciação natural do corpo feminino. E nós dissemos: ‘Está bem, isto é democracia, eles tem o direito de ter liberdade de se expressar e fazer isso’.

Depois outra pessoa levou isso um passo mais adiante e publicou fotos de crianças nuas e foi mais além ainda, colocando-as à disposição da internet.

Agora nós estamos nos perguntando porquê nossos filhos não têm consciência, e porque não sabem distinguir o bem e o mal, o certo e o errado;porque não lhes incomoda matar pessoas estranhas ou seus próprios colegas de classe ou a si próprios…

Provavelmente, se nós analisarmos seriamente, iremos facilmente compreender: nós colhemos só aquilo que semeamos!!!”
Anne Graham, disse exatamente o que os cristãos estão cansados de saber, mas ignoram, ou seja, as verdades contidas na Palavra de Deus! “Tudo o que o homem semear, também, colherá!

Lamentavelmente, nada mudou nos EUA, como em todo o mundo. A humanidade caminha à passos largos para um grande abismo, e são poucos os que estão dispostos a dar crédito à Bíblia Sagrada.

Pobre humanidade desgarrada, que Deus tenha misericórdia de nós!

Por Pr. Silvio Hirota,
Em, 20/10/2010.

 

A BÍBLIA E A ESCRAVIDÃO!

(Imagens Google)

A escravidão era um fato aceito no mundo antigo e um fator relevante na vida econômica e social. Os escravos eram frequentemente subprodutos das derrotas de guerra. Frequentemente, alem dos soldados, populações inteira  eram escravizadas. A venda de escravos veio a ser um alicerce comercial no mundo Greco-romano, e chegou a seu auge no século II A.C. O imperador Tito, depois da sua campanha na Palestina, vendeu noventa mil judeus para a escravidão (70AD).

A condição do escravo era variável. Alguns eram forçados a formar grupos acorrentados que trabalhavam nos campos e nas minas. Outros eram artesões de máxima perícia e administradores de confiança. Em geral, os escravos estavam em condições muito melhores que a dos operários livres. Leis romanas eram promulgadas para proteger os escravos e conceder-lhes direitos, até mesmo de propriedades pessoais, que às vezes eram usadas para resgatar o escravo e sua família (Atos 22.27-28). Já no século I AC., a população de escravos se tornara tão grande no mundo romano, que chegou a criar problemas. Os levantes eram frequentes e os donos de escravos ficavam temerosos e desconfiados.

No AT, a escravidão era uma instituição legalmente preceituada e geralmente mais humanitária do que no restante do Oriente Próximo. Visto que Israel era economicamente preferível contratar trabalhadores para fazerem os serviços, a escravidão era menos extensa. Os escravos geralmente cumpriam tarefas domésticas ou compartilhavam das labutas da família nos campos. Os escravos eram adquiridos por compra, como pagamento de alguma dívida, como herança, por nascimento e como prisioneiros de guerra.

Incidentes no AT mostram um pai que vende a filha (Ex 21.7; Ne 5.5), uma viúva que vende os filhos (2 Rs 4.1), as pessoas que vendiam a si mesmas (Lv 25.39; Dt 15.12-17). Uma pessoa podia ser libertada por resgate (Lv 25.48-55), pela lei do ano sabático (Ex 21.1-11; Dt 15.12-18), no ano do Jubileu (Lv 25.8-55) ou por ocasião da morte do dono (Gn 15.2).

Os escravos eram considerados parte da família dos seus donos, e, caso fossem hebreus, tinham o direito ao descanso sabático e a participação nas festas religiosas. Tinham licença para possuir propriedades, até mesmo escravos. Frequentemente, a esposa e a concubina-escrava tinham os mesmos privilégios e não havia distinção entre elas. Os escravos eram protegidos das práticas cruéis, especialmente de atos que ameaçavam a vida (Ex. 21.20).

O sequestro de pessoas era fortemente condenado (Ex 21.16). Israel, como nação, tinha conhecido a escravidão no Egito e, portanto, a experiência do Êxodo desempenha um papel importante tanto no AT quanto no NT. Semelhantemente, é um tema importante nas teologias de libertação.

No NT a Igreja Primitiva não atacava a escravidão como instituição. Porém, reordenou o relacionamento entre o escravo e seu dono (Fm), mostrou que aos olhos de Deus não há “escravo nem liberto” (Gl 3.28) e declarou que ambos tinham que prestar contas a Deus (Ef 6.5-9). O relacionamento interpessoal foi remoldado em termos de caráter de Cristo e do Seu reino.

O impacto total destas verdades não apareceu por completo, a não ser depois da Reforma, quando, então, foi afirmada a verdade bíblica da dignidade pessoal do homem.

Por Pr. Silvio Hirota,
Em 20/10/2010

 

O ABORTO DO PONTO DE VISTA BÍBLICO!

Para este assunto, tomamos como base bíblica o texto de Isaías 49.1-5.
A Bíblia não aborda o assunto dentro dos seus aspectos modernos. Encontramos alguns textos falando do aborto, mas num sentido mais natural. No original hebraico e grego, a palavra tem o sentido de “cair”, especialmente em : Jó 3.16; 21.10; Sl. 58.8 e Ec. 6.3.

Paulo usa o termo de forma figurativa em I Cor 15.8, quando ele se considera como um “fora de tempo” ou “fora de linha” em relação aos demais apóstolos. O ponto de vista bíblico fundamenta-se no conceito de quando começa a vida. Uma vez que a ciência tem definido que a vida começa com a concepção, temos elementos definidos para busca do conceito bíblico sobre o tema.

A Bíblia diz que Deus forma o espírito do homem, dentro dele (Zc 12.1). A ciência não discute a questão do espírito na vida, mas a teologia entende que a vida está ligada ao espírito do ser humano. Os maiores intérpretes das escrituras, independente de tantas teorias, sobre a formação da vida e do espírito no ser humano, entendem que o espírito do homem surge no momento da concepção; assim sendo, ciência e teologia então de acordo neste ponto.

No Sl.139.13-16, Davi fala que Deus possuiu os seus rins, acompanhou-o no ventre de sua mãe e que Deus viu seu corpo ainda sem forma; isto é uma indicação de que já havia vida.
O texto de Jeremias 1.4-5, fala da vida no útero, sendo conhecida por Deus, e com planos definidos para o futuro, principalmente nos objetivos de Deus.
Lucas 1.15 diz que João Batista seria cheio do espírito desde o ventre de sua mãe. Lucas era um médico inspirado por Deus, por isso escreveu estas palavras. Isto significa que Deus trabalha a partir de um feto.
Quando Maria visitou Isabel que também estava grávida, o nascituro João Batista saltou de alegria dentro do ventre de Isabel.

O valor da fundamentação bíblica para os dias atuais:
Para situarmos a nossa posição a partir da Bíblia, temos que considerar os aspectos da vida e não somente os sociais e éticos. À luz dos textos acima mencionados, não temos como aprovar o aborto, pois atenta contra a própria vida e, somente Deus pode decidir sobre a vida de alguém! É Ele quem dá a vida e quem também a tira!

Em I Sm. 2.6 “O Senhor mata e preserva a vida; Ele faz descer à sepultura e dela resgata”.
Nos EUA, onde o aborto é legalizado, dentro de certos limites, temos conhecimento de que o povo evangélico usa e abusa dessa prerrogativa. Nesse aspecto a Igreja Católica é totalmente contrária ao aborto, e devemos louvar tal atitude.

No Brasil, como se sabe, o aborto está limitado a dois casos:
É tipificado como crime contra a vida, pelo Código Penal Brasileiro, prevendo detenção de 1 a 10 anos, de acordo com a situação.

O artigo 128 do Código Penal dispõe que não se pune o crime de aborto nas seguintes hipóteses:
– quando não há outro meio para salvar a vida da mãe;
– quando a gravidez resulta de estupro.
Segundo juristas, a “não punição” não necessariamente deve ser interpretada como exceção à natureza criminosa do ato. O artigo 2º do Código Civil Brasileiro estabelece, desde a concepção, a proteção jurídica aos direitos do nascituro, e o artigo 7º do Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe que a criança nascitura tem direito à vida, mediante a efetivação de políticas públicas que permitam o nascimento.

A exceção é válida quanto o aborto for proveniente de estupro ou violência sexual. Apesar da lei brasileira favorecer o feito, podemos sobrepor com o princípio bíblico da vida e deixar viver o feto, nem que seja para, após o nascimento, partir para uma adoção, como muitos tem feito.

Conclusão: se quem dá e tira a vida é Deus, não posso ser juiz. Se uma gravidez indesejada ocorrer não de forma natural, mas por violência, ainda assim vale o preceito bíblico de que o feto tem o espírito e todas as características do sopro de vida dado por Deus. E se Deus não quiser que a criança nasça, o aborto será natural. Em Êxodo 20.13 está escrito um dos dez mandamentos: “não matarás!”

Por Pr.Silvio Hirota,
Em 17/10/2010